Doenças diagnosticadas em check-up odontológico - I9 Solution Odonto

Doenças diagnosticadas em check-up odontológico

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26 de novembro de 2018

Fazer um check-up odontológico semestral ou anual é essencial para manter a saúde dos dentes e gengivas. Porém, muitos pacientes não sabem que a consulta odontológica pode auxiliar na prevenção e diagnóstico de outras doenças, não necessariamente restritas à boca.

Para discutir algumas condições sistêmicas que o profissional dentista pode avaliar durante o check-up odontológico, elaboramos esse artigo. Continue conosco e descubra como auxiliar seus pacientes na promoção integral de sua saúde.

Diabetes

Segundo publicação do Ministério da Saúde, o diabetes acomete 8,9% da população brasileira, com um crescimento considerável a cada ano.
Embora seja uma doença bastante prevalente, o tratamento do diabetes é bastante consolidado e, pode, inclusive ser feito de maneira gratuita pelo SUS. No entanto, o sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce.

Durante os check-ups odontológicos, é possível verificar sinais característicos da doença. O nível elevado de açúcar na saliva aumenta a proliferação de bactérias na boca, levando a inflamações e infecções. Além disso, os pacientes diabéticos são mais suscetíveis a infecções fúngicas.

Dentre os sintomas que podem ser observados e que relacionam-se ao diabetes estão: sangramento, sensibilidade, infecção ou desinserção de gengivas, mau hálito persistente, manchas vermelhas ou brancas na boca e sensibilidade e ulcerações na língua.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea. Essa condição acomete geralmente a população idosa e as mulheres no período pós-menopausa. O diagnóstico e o tratamento corretos são essenciais para diminuir o risco de fraturas e outras doenças associadas.

O profissional dentista pode auxiliar no diagnóstico da osteoporose através da observação de sintomas específicos verificados no check-up odontológico. Os principais sintomas bucais que acometem os indivíduos com osteoporose são: redução do rebordo alveolar, diminuição da massa e densidade óssea maxilar e perda de dentes.

Nas radiografias panorâmicas, há também sinais que merecem atenção como: aumento da porosidade cortical da mandíbula com afilamentos e reabsorção na cortical inferior. A presença de doença periodontal também pode ser um indicativo para o quadro de osteoporose.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial sistêmica acomete mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Além de levar a consequências graves, como o infarto, a hipertensão também é fator de risco para muitas outras doenças incluindo diabetes e dislipidemias.

No check-up odontológico, é muito importante dispor de um aparelho de aferição de pressão para verificar a pressão arterial sistêmica do paciente. Além da possibilidade de diagnosticar a doença, esse procedimento é importante, uma vez, que pacientes hipertensos devem receber tratamento diferenciado nas consultas odontológicas.

Nos pacientes hipertensos em uso de medicamentos, é imprescindível que o dentista avalie a ocorrência de hiperplasias gengivais e xerostomia. Essas condições estão relacionadas às reações adversas dos medicamentos hipotensores. Além disso, se for necessário o uso de um anestésico local durante os procedimentos odontológicos, sua seleção deve levar em conta a pressão arterial do paciente.

Sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível cujos primeiros sintomas acometem a cavidade bucal de seus portadores. Essa condição, quando precocemente detectada, tem um tratamento simples, o qual evita a ocorrência de sequelas.

O profissional dentista deve estar atento à presença de feridas bucais nos pacientes durante os procedimentos odontológicos. Essas feridas são chamadas de cancro duro sifilítico e podem atingir o palato duro, a língua ou os lábios.
No palato duro, essa lesão é rasa, esbranquiçada e com halo eritematoso circundante. Já quando atinge a língua ou os lábios, a úlcera é profunda, endurecida, de bordos elevados, crateriforme e indolor.

Mesmo no estágio secundário, é possível verificar sinais de sífilis na cavidade bucal, representados por áreas maculopapulares vermelhas e áreas necrosadas de coloração acinzentada. No terceiro estágio, mais grave, o dentista pode identificar nódulos granulomatosos, os quais posteriormente rompem-se promovendo necrose do tecido, exposição óssea e até possível perfuração do osso palatino.

Doenças autoimunes

Há uma gama extensa de doenças em que o próprio sistema imune ataca as células do organismo. Embora, atualmente, não exista cura para essas condições, seu diagnóstico é essencial para o tratamento dos sintomas e melhora da qualidade de vida do paciente.

Alguns sintomas relacionados às doenças autoimunes podem ser detectados no check-up odontológico. A xerostomia pode ser um indicativo da síndrome de Sjögren. Além disso, pacientes com essa doença também tem maior risco de candidíase oral.
A síndrome de Crohn também apresenta sintomas orais, incluindo inchaço dos lábios e gengivas e úlceras na boca. As úlceras também podem ser indicativo de outra doença autoimune: o lúpus eritematoso.

Outras doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto e esclerodermia afetam a capacidade de engolir do paciente.
Logo, o dentista, diante de sintomas como os acima descritos, deve referenciar o paciente ao médico para exames mais detalhados.

Doenças hepáticas

As doenças hepáticas têm causas variadas e, caso não sejam diagnosticadas precocemente, podem tornar-se crônicas e ter um prognóstico desfavorável a seus portadores. Dessa forma, durante as consultas odontológicas há diversos sinais de alerta que devem ser observados pelo dentista, os quais auxiliam na detecção desses problemas.

Dentre as principais alterações bucais decorrentes das doenças hepáticas há: hipoplasia do esmalte, alterações na pigmentação devido ao acúmulo de bilirrubina (dentes amarelados ou esverdeados), hipocalcificação e maior desenvolvimento de cáries.

Câncer bucal

O câncer bucal está entre as dez neoplasias malignas mais prevalentes no Brasil e apresenta uma grande taxa de mortalidade, em casos de diagnóstico tardio. É uma doença multifatorial e o principal grupo de risco são indivíduos do sexo masculino, acima dos 40 anos e fumantes.

No check-up odontológico, o dentista pode avaliar a presença de lesões, aftas ou verrugas que não se curam espontaneamente. Outros sintomas que podem apontar para esse diagnóstico são inchaços, nódulos, manchas brancas ou vermelhas e perda de sensibilidade ou dormência na cavidade bucal.

Além disso, pacientes já diagnosticados com qualquer tipo de câncer podem apresentar mudanças na cavidade bucal decorrentes do tratamento quimioterápico. Logo, a avaliação do dentista deve ser diferenciada, verificando a presença de xerostomia, cáries, dificuldades de deglutição, infecções oportunistas e lesões na boca.

Há ainda uma gama muito ampla de outras doenças que podem ser detectadas durante o check-up odontológico como AIDS, HPV, bulimia, anemia, entre outras. Por isso, é muito importante que o profissional dentista esteja atento e, diante de qualquer alteração perceptível, encaminhe o paciente para um médico.

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