O que são Biomateriais? Veja um miniguia completo. - I9 Solution Odonto %

O que são Biomateriais? Veja um miniguia completo.

Doenças diagnosticadas em check-up odontológico
8 de maio de 2019

Você sabe o que são os biomateriais?  Preparamos um Miniguia completo contando tudo sobre eles.

Uma das grandes inovações médicas dos últimos séculos (os Biomateriais) é a possibilidade de substituição de órgãos ou tecidos fraturados, uma ciência denominada implantologia. Além de promoverem o re-estabelecimento da funcionalidade anteriormente perdida, os implantes são importantes na restauração da autoestima dos pacientes. Esse conceito torna-se ainda mais importante quando falamos em implantes odontológicos.

Porém, para as técnicas de implantologia tornarem-se possíveis, foi necessária a invenção de materiais com um conjunto de propriedades que permitisse sua inserção no corpo humano sem causar prejuízos ao organismo ou rejeição: os biomateriais.

Para tirar suas principais dúvidas sobre esse assunto, elaboramos um guia em que explicaremos o que são biomateriais, suas principais características e suas principais aplicações na Odontologia. Acompanhe-nos a partir de agora.

O que são biomateriais?

O termo biomaterial teve origem em 1982 e é utilizado para designar qualquer substância ou conjunto de substâncias de origem natural ou sintética que possa ser utilizada na substituição, tratamento ou extensão de algum tecido, órgão ou função do corpo.

Os biomateriais são utilizados em dispositivos médicos e odontológicos que são empregados em implantes temporários ou permanentes. Esses implantes podem destinar-se tanto a tecidos moles (por exemplo: próteses de silicone) quanto a ossos e dentes (por exemplo: implantes de raiz de dentes, pinos ósseos).

Além disso, os biomateriais também podem ser utilizados na fabricação de dispositivos para liberação de medicamentos e curativos.

Quando surgiram os biomateriais?

 O uso de biomateriais remonta a Antiguidade, quando eram utilizadas suturas de ouro e linho no Egito, assim como substitutos ósseos à base de madeira. Porém, só a partir do século passado, o uso desses materiais passou a ser estudado e iniciou-se a busca por componentes mais adequados às necessidades fisiológicas.

Inicialmente, na década de 1950, os estudos baseavam-se em materiais inertes, os quais não reagiriam com o organismo humano. Com a evolução das pesquisas, focou-se na bioatividade dos materiais. Atualmente, buscam-se compostos que promovam a regeneração de fato do tecido ou órgão fraturado.

Como os biomateriais podem ser classificados?

 Uma das classificações mais utilizadas para os biomateriais relaciona-se à resposta biológica ocasionada por sua interação com o organismo. Dessa forma, os biomateriais podem ser classificados em bioinertes, bioreativos, bioativos, biodegradáveis e biomiméticos.

Os materiais bioinertes são aqueles que não causam reação no organismo, uma vez que possuem uma estabilidade química elevada. Os principais biomateriais que apresentam essa propriedade são: carbono, alumina e zircônio.

Os materiais bioreativos encontram-se separados do tecido adjacente por uma camada de óxido estável e, portanto, não há interação com as atividades do organismo. A maioria dos biomateriais utilizados em implantologia fazem parte dessa classificação: ligas ferrosas (aço inoxidável), ligas à base de cobalto e ligas à base de titânio.

Já os materiais bioativos são aqueles que interagem com o organismo, permitindo a formação de tecidos em sua superfície. Dessa forma, são ideais para implantes permanentes. Além disso, esses biomateriais estabelecem uma interface contínua capaz de suportar cargas funcionais. Os principais materiais que possuem essas propriedades são: vidros bioativos e cerâmicas de fosfato de cálcio.

Os biomateriais reabsorvíveis são bastante utilizados em aplicações clínicas nas quais seja interessante a degradação dos implantes. Esses materiais com o tempo são degradados, solubilizados ou fagocitados pelo tecido adjacente. Exemplos de materiais que pertencem a essa classe são o fosfato tricálcico e o PPLA.

Por fim, os biomateriais biomiméticos são o foco da pesquisa atual, uma vez que representam uma classe de materiais que participa de forma ativa na recuperação funcional, estimulando o tecido ou órgão afetado em nível celular.

Quais são as principais características dos biomateriais?

 Para que possam ser utilizados na implantologia, os biomateriais devem ter um conjunto de características específicas. Logo, os biomateriais não devem produzir respostas fisiológicas no sistema em que são implantados, sendo atóxicos, não-antigênicos, não-carcinogênicos e não-mutagênicos. Quando usados em aplicações sanguíneas, os biomateriais também devem ser não-trombogênicos.

Dependendo do sistema em que serão utilizados, outras características dos biomateriais também devem ser levadas em consideração, como:

  • Resistência: implantes odontológicos e ortopédicos, por exemplo, requerem materiais altamente resistentes e que suportem esforços contínuos;
  • Elasticidade, torção e flexão: alguns implantes sanguíneos, como cateteres, devem possuir essas características para serem implantados nos vasos sanguíneos.
  • Rugosidade: essa característica afeta a aderência do biomaterial aos tecidos e, portanto, é bastante importante em implantes ósseos.
  • Bioestabilidade: os biomateriais temporários como fios de sutura devem possuir uma taxa de degradação controlada, enquanto implantes permanentes devem permanecer estáveis.
  • Método de esterilização: o processo de esterilização utilizado no biomaterial pode afetar a resposta celular ao implante.

Quais as principais aplicações dos biomateriais na Odontologia?

 O uso de biomateriais na Odontologia é cada vez mais frequente. Os produtos produzidos à base de biomateriais são utilizados em aplicações em contato com dentina, polpa, tecido periodontal e osso alveolar.

 Dentre os biomateriais utilizados na prática odontológica destacam-se os enxertos ósseos  compostos de cálcio e fósforo. Tradicionalmente, esses biomateriais são obtidos de matéria-prima natural de ossos bovinos. São desprovidos de fase proteica e reabsorvíveis, servindo como arcabouço para a neoformação óssea. Podem ser densos ou porosos e amorfos ou cristalinos, de acordo com a finalidade de seu uso.

Outros biomateriais bastante utilizados na Odontologia são as membranas de colágeno, produzidas a partir da proteína bovina. Esse material é bastante maleável, adaptável e apresenta vantagens como função hemostática, estabilização facilitada e semipermeabilidade a nutrientes.

Além dos biomateriais de origem natural acima citados, há diversos compostos sintéticos, que vem ganhando espaço na Odontologia, como a hidroxiapatita. As barreiras absorvíveis à base de sulfato de cálcio e as não-absorvíveis produzidas em d-PTFE e titânio também vêm sendo cada vez mais utilizadas.

Assim, diante da grande variedade e aplicabilidade dos biomateriais, é muito importante que o profissional cirurgião-dentista avalie com cautela o uso dos biomateriais, sempre levando em consideração os riscos e benefícios de cada classe desses componentes.

Além disso, é muito importante adquirir biomateriais de qualidade e procedência comprovadas para a utilização nos diversos procedimentos implantológicos, visando a eficácia do procedimento e a segurança do paciente. Na nossa loja, fizemos uma seleção especial de biomateriais ideais para uso na sua prática clínica. Conheça mais sobre nossos Biomateriais

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